sexta-feira, 3 de maio de 2024

Extrema direita se articula na Hungria

Marinha açoita memória dos heróis de 1910

Montagem do site FOB
Por Roberto Amaral, em seu blog:


Para Ailton Benedicto de Souza, in memoriam.

“João Cândido deve ser promovido a símbolo da dignidade do soldado brasileiro. Sua história deve ser conhecida nas fileiras. Sua imagem deve ser exibida com destaque nos estabelecimentos militares de terra, mar e ar” . Manuel Domingos Neto. O que fazer com o miliar.

O oficial que se senta hoje na cadeira de comandante da Marinha sai de seus cuidados e de suas atribuições para imiscuir-se no que não lhe cabe, ao dar palpites injuriosos sobre projeto de lei já aprovado no Senado e presentemente em tramitação na Câmara dos Deputados. Da autoria do deputado Lindbergh Farias, a proposta, apoiada pelo Ministério Público Federal e combatida em termos inaceitáveis pela caserna, manda inscrever “no livro dos heróis da pátria” o marinheiro João Cândido, negro, filho de ex-escravos, líder vitorioso da Revolta da Chibata, em 1910, pois, em plena República, 38 anos passados da abolição da escravatura, o fiador da ordem e da disciplina na Marinha de guerra brasileira era ainda o castigo físico, brutal, ignominioso, covarde e racista: a tortura, a chibatada, a palmatória, a injúria, o aviltamento imposto aos praças, quase todos negros, pelos oficiais, sempre brancos e sempre filhos da classe dominante.

A comemoração do 1º de Maio em São Paulo

Foto: Roberto Parizotti/CUT
Por João Guilherme Vargas Netto

Merece leitura atenta e reflexiva o texto publicado na Folha, ontem, assinado por oito dirigentes de centrais sindicais em comemoração do Dia do Trabalhador reivindicando democracia e direitos.

A publicação pela Folha reconhece a importância das entidades e das posições assumidas e efetivadas pelo movimento sindical dos trabalhadores no esforço unitário para comemoração do 1º de Maio.

Comemoração que contou com manifestações em todo o país, agregadoras, festivas e de luta ainda que com baixo comparecimento de trabalhadores e trabalhadoras das bases sindicais.

O evento em São Paulo com a presença do presidente da República, do vice-presidente, de oito ministros de Estado, de muitas outras autoridades convidadas e de participantes que suportaram o verdadeiro forno em que se transformou o local e ouviram os dirigentes das centrais expressarem novamente as ideias reproduzidas no texto da Folha.

A estrutura lavajatista no Ministério Público

História da privatização da energia no Brasil

Agronegócio afronta as áreas indígenas

Big Techs prejudicam o debate público

Mídia tenta construir um 'Tarcísio de centro'

Xandão manda soltar Mauro Cid

quarta-feira, 1 de maio de 2024

Record demite vítimas de assédio e gera medo

Por Altamiro Borges


O site de entretenimento Notícias da TV postou nesta segunda-feira (29) que a Rede Record, pertencente ao “bispo” Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), tem demitido vítimas de assédio que denunciaram chefões da emissora. Essa conduta gera insegurança entre os profissionais da empresa.

Segundo a reportagem, “uma sequência de denúncias de assédio tem causado desconforto nos bastidores da Record. Funcionários se sentem inseguros não só pelo risco de serem alvos de abuso, mas também de demissão. O fato é que as vítimas que levaram adiante nos últimos anos as suas reclamações acabaram demitidas da empresa”.

A origem e o significado do 1º de Maio

Divulgação
Por Altamiro Borges


“Se acreditais que enforcando-nos podeis conter o movimento operário, esse movimento constante em que se agitam milhões de homens que vivem na miséria, os escravos do salário; se esperais salvar-vos e acreditais que o conseguireis, enforcai-nos! Então vos encontrarei sobre um vulcão, e daqui e de lá, e de baixo e ao lado, de todas as partes surgirá a revolução. É um fogo subterrâneo que mina tudo”. Augusto Spies, 31 anos, diretor do jornal Diário dos Trabalhadores.

“Se tenho que ser enforcado por professar minhas ideias, por meu amor à liberdade, à igualdade e à fraternidade, então nada tenho a objetar. Se a morte é a pena correspondente à nossa ardente paixão pela redenção da espécie humana, então digo bem alto: minha vida está à disposição. Se acreditais que com esse bárbaro veredicto aniquilais nossas ideias, estais muito enganados, pois elas são imortais''. Adolf Fischer, 30 anos, jornalista.

“Em que consiste meu crime? Em ter trabalhado para a implantação de um sistema social no qual seja impossível o fato de que enquanto uns, os donos das máquinas, amontoam milhões, outros caem na degradação e na miséria. Assim como a água e o ar são para todos, também a terra e as invenções dos homens de ciência devem ser utilizadas em benefício de todos. Vossas leis se opõem às leis da natureza e utilizando-as roubais às massas o direito à vida, à liberdade e ao bem-estar”. George Engel, 50 anos, tipógrafo.

Fascistas espalham discurso de ódio nas redes

Charge: Duke
Por Altamiro Borges


A Agência Pública postou nesta semana uma longa reportagem mostrando que grupelhos de extrema direita têm espalhado o discurso de ódio nas redes digitais sem qualquer moderação das plataformas. Assinada pelo repórter Danilo Queiroz, ela denuncia que mais de 20 grupos fascistas estão ativos e organizados no Brasil e difundem seus discursos preconceituosos com a cumplicidade das poderosas big techs.

A matéria teve como base mapeamento realizado pelo Global Project Against Hate and Extremism (GPAHE – Projeto Global Contra o Ódio e o Extremismo), uma organização mundial de defesa de direitos humanos. A reportagem teve acesso ao estudo e localizou vários grupos de extrema direita em atuação no país, que “usam as redes sociais para disseminar mensagens de ódio, violência e discriminação”.

A mídia e a luta dos povos indígenas

A Secom e a batalha diária da comunicação

Por Ricardo Zamora, no site do PT:

O trabalho de condução da Secretaria de Comunicação Social do terceiro governo do presidente Lula implica enormes desafios. Em tempos de redes sociais, de polarização política persistente e, principalmente, da produção de fake news em escala industrial por parte das forças de extrema direita, as energias do ministro Paulo Pimenta e de toda a sua equipe se concentram, cotidianamente, na batalha da chamada opinião pública.

Para essa luta diária, desenvolvemos várias ferramentas importantes, com destaque para o ComunicaBr, o Tá na mão e o Brasil contra fake.

1º de Maio classista e de luta!

Por Nivaldo Santana, no site Vermelho:


Em 1886, operários de Chicago, nos EUA, realizaram uma greve geral por melhores condições de trabalho e pela redução da jornada para oito horas diárias. Na época, algumas empresas chegavam a ter absurdas 17 horas diárias de trabalho.

A greve foi violentamente reprimida. Três operários foram assassinados e cinco foram presos e condenados à morte. Um deles, Louis Lingg, se suicidou na prisão. Outros quatro foram enforcados: Albert Parsons, Adolfo Fischer, George Engel e August Spies.

Para reverenciar a memória dos mártires de Chicago, em 1889 a Internacional Socialista aprovou a data de 1º de Maio como Dia Internacional dos Trabalhadores. A maioria dos países, inclusive o Brasil, adotou a data. A exceção foram os EUA.

terça-feira, 30 de abril de 2024

A origem e o significado do 1º de Maio

A pergunta de Silvinei Vasques a Bolsonaro

Charge: Amarildo
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Há uma frustração não revelada entre os envolvidos nas investigações do golpismo, das muambas das arábias, dos cartões das vacinas e de outras falcatruas. Falta o ressentimento capaz de expelir ódios, acusações e provas.

Faltam os ressentimentos reservado e explícito, como esse agora manifestado por Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal. Os advogados de Vasques enviaram à Folha o recado que deveria ser lido por Bolsonaro.

Contaram ao jornal que pediram ao STF a revogação da prisão do policial com o argumento de que Bolsonaro, ex-chefe dele, está solto. A defesa cita o pretexto de Alexandre de Moraes, de que Vasques poderia influenciar testemunhas e destruir provas, e dá a cutucada:

A Europa e os refugiados

Louise Michel: navio de resgate de imigrantes
Por Flavio Aguiar, no site da RFI:


Na semana passada o Parlamento do Reino Unido aprovou, depois de uma longa batalha, a lei que permite a deportação de refugiados e migrantes considerados ilegais para Ruanda, na África Central, uma ex-colônia alemã e belga.

O primeiro-ministro Rishi Sunak, do Partido Conservador, se empenhou na aprovação da lei, retida durante meses num impasse entre a Câmara Baixa, ou dos Comuns, e a Câmara Alta, ou dos Lordes, e também entre governo e partidos de oposição, além de ser alvo de uma crítica constante por parte de ONGs de defesa dos direitos humanos.

O ministro do Interior (Home Secretary), James Cleverly, saudou a aprovação da lei como “um marco no esforço para deter o afluxo de barcos” que tentam trazer refugiados do continente para o Reino Unido através do Canal da Mancha, e também como uma “afirmação da soberania britânica” contra “bloqueios impostos por tribunais europeus”.

Lula tenta selar novo pacto com o Congresso

Qual o lugar do Brasil no mundo?